segunda-feira, março 15, 2010
Gestão da Crise
terça-feira, janeiro 25, 2005
Pernas de pau
Estes srs. gajos são mesmo totós!
O meu avô sempre me disse para não dar um passo maior do que a perna, o que me parece de uma sensatez a toda a prova, mas pelos vistos os nossos maiorais ou não tiveram avós doutos e sábios como os meus ou então esqueceram depressa os conselhos.
Então não é que depois da barraca informática da colocação de professores que nos pôs ao nível de um qualquer país do terceiro mundo, tal a dimensão da tragédia tal a salganhada de bytes a correr como loucos de um lado para o outro, gerando as mais inconcebíveis situações, e as colocações mais caricatas numa num verdadeiro jogo de tômbola gigante rodando sem controle algum de Norte a Sul do país, acontecimento que deixou os nossos parceiros europeus completamente gagás e cada mais convencidos de que o pessoal ou é louco ou tem neurónios a menos apesar de sermos latinos e como tal de características morenas, querem mais forrobodó!?
Então não é que depois de os computadores do Ministério das Finanças, ainda aqui há pouco terem começado, numa de espírito natalício a atirar pr’ó serôdio, a distribuir por milhares de atónitos contribuintes valores de IRC a que não tinham direito, voltando a dar uma miserável imagem da informática cá do burgo, querem voltar à gargalhada geral!?
Então não é que, mesmo sabendo eles que estamos num país onde uma boa parte do povão não sabe sequer que os neurónios não estão na cabeça dos dedos, onde, ainda, se faz constantemente a apologia de Salazar, não sentem arrepios na espinha só de antecipar a bronca que se anuncia de o próximo concurso ser só possível por via net, sem a alternativa do suporte de papel, sabendo todos nós que uns bons milhares dos concorrentes fica catatónico só de olhar para um computador, que ao ouvirem falar de ratos não conseguem evitar um esgar de nojo, que ao ouvirem falar de palavra passe pensam que estão a ser gozados, para quem entrar no sistema causa calafrios por pensarem que é sinónimo de entrar para a militância de um qualquer partido?!
Por amor de Deus meus caros srs. deixem de armar ao pingarelho e não teimem em dar passos bem maiores do que as vossas pernas de pau!!
Para risota já basta assim!
O meu avô sempre me disse para não dar um passo maior do que a perna, o que me parece de uma sensatez a toda a prova, mas pelos vistos os nossos maiorais ou não tiveram avós doutos e sábios como os meus ou então esqueceram depressa os conselhos.
Então não é que depois da barraca informática da colocação de professores que nos pôs ao nível de um qualquer país do terceiro mundo, tal a dimensão da tragédia tal a salganhada de bytes a correr como loucos de um lado para o outro, gerando as mais inconcebíveis situações, e as colocações mais caricatas numa num verdadeiro jogo de tômbola gigante rodando sem controle algum de Norte a Sul do país, acontecimento que deixou os nossos parceiros europeus completamente gagás e cada mais convencidos de que o pessoal ou é louco ou tem neurónios a menos apesar de sermos latinos e como tal de características morenas, querem mais forrobodó!?
Então não é que depois de os computadores do Ministério das Finanças, ainda aqui há pouco terem começado, numa de espírito natalício a atirar pr’ó serôdio, a distribuir por milhares de atónitos contribuintes valores de IRC a que não tinham direito, voltando a dar uma miserável imagem da informática cá do burgo, querem voltar à gargalhada geral!?
Então não é que, mesmo sabendo eles que estamos num país onde uma boa parte do povão não sabe sequer que os neurónios não estão na cabeça dos dedos, onde, ainda, se faz constantemente a apologia de Salazar, não sentem arrepios na espinha só de antecipar a bronca que se anuncia de o próximo concurso ser só possível por via net, sem a alternativa do suporte de papel, sabendo todos nós que uns bons milhares dos concorrentes fica catatónico só de olhar para um computador, que ao ouvirem falar de ratos não conseguem evitar um esgar de nojo, que ao ouvirem falar de palavra passe pensam que estão a ser gozados, para quem entrar no sistema causa calafrios por pensarem que é sinónimo de entrar para a militância de um qualquer partido?!
Por amor de Deus meus caros srs. deixem de armar ao pingarelho e não teimem em dar passos bem maiores do que as vossas pernas de pau!!
Para risota já basta assim!
Modernices
Insólito país este onde nem a chuva quer cair.
Insólito país este onde o endividamento é algo de arrepiante e no entanto existe mais do que um telemóvel por habitante.
Insólito país este onde as pessoas passam a vida a mandar mensagens umas às outras, excitadas como crianças, numa espécie de desafio para ver quem leva a taça da última mais picante e escabrosa, taça que nunca será entregue a não ser às operadoras que esfregam as mãos de contentamento.
Insólito país onde a matemática é besta negra, onde o insucesso escolar é de fazer corar a calçada portuguesa, mas onde qualquer um faz downloads como quem bebe água, lida com MP3 como quem respira, pirateia a Net com a destreza e à vontade dos mestres, numa ilusão de que são os maiores quando não passam de meros imitadores que na maior parte dos casos nem sabe o que está a fazer.
Insólito país de "artistas" sempre cavalgando a última vaga tecnológica sem base alguma de apoio mental estruturado.
É preciso é estar com as tecnologias de ponta, às vezes um bocado já murchas e gastas mas com pinta, que são in, que dão status!
O pior de tudo é que o exemplo vem de cima.
Podemos estar arruinados, definhados e completamente dependentes do exterior, ao ponto de um cronista da nossa praça dizer, não sem alguma piada e pertinência, que não vale a pena a gente chatear-se com a seca, o melhor mesmo é curtir o solzinho, e a chuva, essa, que caia em Espanha, já que a nós não serve de nada, sendo que agricultura lusa é miragem e como tal dependemos de "nuestros hermanos" para tudo, a fazer lembrar aquelas vizinhas que um dia batem à porta a pedir uma chávena de açúcar, noutro dia um fio de azeite e por aí fora até conseguir uma sopa da pedra, que os nossos chefes, que Deus guarde e mantenha de boa saúde, não descansam no afã de nos manter nos cornos do progresso.
Primeiro deu-lhes, aos chefes de serviço ao país, para os submarinos, se calhar para ir aos tordos pois não convém muito ir aos espanhóis, agora deu-lhes para a informatização geral do país.
Eu não tenho nada contra isso, tenho é contra a urgência com se tenta fazer tal.
Então passa pela cabeça de alguém que depois da barraca recente com a colocação de professores se queira partir este ano para um concurso totalmente on-line, sem direito a escolha do suporte de papel!!
Numa fase ainda incipiente deste processo complexo e moroso, onde os próprios computadores do Ministério das Finanças ainda um destes dias insistiram numa de espírito de Natal serôdio em distribuir por milhares de atónitos contribuintes, IRC a que não tinham direito.
Num país onde grande parte do povão não sabe sequer que os neurónios não estão na cabeça dos dedos, onde ainda se faz constantemente a apologia de Salazar, já sinto arrepios na espinha só de antecipar a bronca, já que como todos sabemos, uns bons milhares dos concorrentes fica catatónico só de olhar para um computador, que ao ouvirem falar de ratos não conseguem evitar um esgar de nojo, que ao ouvirem falar de palavra passe pensam que estão a ser gozados, para quem entrar no sistema causa calafrios por pensarem que é sinónimo de entrar para a militância de um qualquer partido, é de facto de ficar de boca aberta, é preciso uma grande lata para perante estes cenários catastróficos insistirem numa bestialidade destas, o que vale é que já nos vamos habituando a estes disparates pró modernos, com mais ou menos anti-ácidos!!
Insólito país este onde o endividamento é algo de arrepiante e no entanto existe mais do que um telemóvel por habitante.
Insólito país este onde as pessoas passam a vida a mandar mensagens umas às outras, excitadas como crianças, numa espécie de desafio para ver quem leva a taça da última mais picante e escabrosa, taça que nunca será entregue a não ser às operadoras que esfregam as mãos de contentamento.
Insólito país onde a matemática é besta negra, onde o insucesso escolar é de fazer corar a calçada portuguesa, mas onde qualquer um faz downloads como quem bebe água, lida com MP3 como quem respira, pirateia a Net com a destreza e à vontade dos mestres, numa ilusão de que são os maiores quando não passam de meros imitadores que na maior parte dos casos nem sabe o que está a fazer.
Insólito país de "artistas" sempre cavalgando a última vaga tecnológica sem base alguma de apoio mental estruturado.
É preciso é estar com as tecnologias de ponta, às vezes um bocado já murchas e gastas mas com pinta, que são in, que dão status!
O pior de tudo é que o exemplo vem de cima.
Podemos estar arruinados, definhados e completamente dependentes do exterior, ao ponto de um cronista da nossa praça dizer, não sem alguma piada e pertinência, que não vale a pena a gente chatear-se com a seca, o melhor mesmo é curtir o solzinho, e a chuva, essa, que caia em Espanha, já que a nós não serve de nada, sendo que agricultura lusa é miragem e como tal dependemos de "nuestros hermanos" para tudo, a fazer lembrar aquelas vizinhas que um dia batem à porta a pedir uma chávena de açúcar, noutro dia um fio de azeite e por aí fora até conseguir uma sopa da pedra, que os nossos chefes, que Deus guarde e mantenha de boa saúde, não descansam no afã de nos manter nos cornos do progresso.
Primeiro deu-lhes, aos chefes de serviço ao país, para os submarinos, se calhar para ir aos tordos pois não convém muito ir aos espanhóis, agora deu-lhes para a informatização geral do país.
Eu não tenho nada contra isso, tenho é contra a urgência com se tenta fazer tal.
Então passa pela cabeça de alguém que depois da barraca recente com a colocação de professores se queira partir este ano para um concurso totalmente on-line, sem direito a escolha do suporte de papel!!
Numa fase ainda incipiente deste processo complexo e moroso, onde os próprios computadores do Ministério das Finanças ainda um destes dias insistiram numa de espírito de Natal serôdio em distribuir por milhares de atónitos contribuintes, IRC a que não tinham direito.
Num país onde grande parte do povão não sabe sequer que os neurónios não estão na cabeça dos dedos, onde ainda se faz constantemente a apologia de Salazar, já sinto arrepios na espinha só de antecipar a bronca, já que como todos sabemos, uns bons milhares dos concorrentes fica catatónico só de olhar para um computador, que ao ouvirem falar de ratos não conseguem evitar um esgar de nojo, que ao ouvirem falar de palavra passe pensam que estão a ser gozados, para quem entrar no sistema causa calafrios por pensarem que é sinónimo de entrar para a militância de um qualquer partido, é de facto de ficar de boca aberta, é preciso uma grande lata para perante estes cenários catastróficos insistirem numa bestialidade destas, o que vale é que já nos vamos habituando a estes disparates pró modernos, com mais ou menos anti-ácidos!!
segunda-feira, janeiro 24, 2005
Insólito país este onde nem a chuva quer cair.
Insólito país este onde o endividamento é algo de arrepiante e no entanto existe mais do que um telemóvel por habitante.
Insólito país este onde as pessoas passam a vida a mandar mensagens uma às outras como crianças, numa espécie de desafio para ver quem leva a taça da última mais picante e escabrosa, taça que nunca será entregue a não ser às operadoras que esfregam as mãos de contentamento.
Insólito país onde a matemática é besta negra, onde o insucesso escolar é de fazer corar a calçada portuguesa mas qualquer um faz downloads como quem bebe água, lida com MP3 como quem respira, pirateia a Net como a destreza e à vontade dos mestres, numa ilusão de que são os maiores quando não passam de meros imitadores que na maior parte dos casos nem sabe o que está a fazer.
Insólito país de "artistas" sempre cavalgando a última vaga tecnológica sem base alguma de apoio mental.
O pior de tudo é que o exemplo vem de cima.
podemos estar aruinados, definhados e completamente dependentes do exterior, ao ponto de um cronista da nossa praça dizer, não sem alguma piada e verdade, que não vale a pena a gente chatear-se, o melhor mesmo é curtir o solinho, e achuva que caia em Espanha já que a nós não serve de nada e só chateia, já que dependemos de "nuestros hermanos" para tudo, a fazer lembrar aquelas vizinhas que um dia nos batem à porta a pedir uma chávena de açúcar, noutro dia um fio de azeite e por aí fora até conseguir uma sopa da pedra.
Não perdemos no entanto o brioInsólito país este onde nem a chuva quer cair.Insólito país este onde o endividamento é algo de arrepiante e no entanto existe mais do que um telemóvel por habitante.Insólito país este onde as pessoas passam a vida a mandar mensagens uma às outras como crianças, numa espécie de desafio para ver quem leva a taça da última mais picante e escabrosa, taça que nunca será entregue a não ser às operadoras que esfregam as mãos de contentamento.Insólito país onde a matemática é besta negra, onde o insucesso escolar é de de estarmos com as tecnologias de ponta, às vezes um bocado já murchas e gastas mas com pinta.
Primeiro deu-lhes, aos chefes de serviço, para os submarinos, para ir aos tordos, agora deu-lhes par a informatização geral do país.
Eu não tenho nada contra isso, tenho é contra a urgência com se tenta fazer tal.
Ebntão passa pela cabeça de alguém que depois da barraca recente
Insólito país este onde o endividamento é algo de arrepiante e no entanto existe mais do que um telemóvel por habitante.
Insólito país este onde as pessoas passam a vida a mandar mensagens uma às outras como crianças, numa espécie de desafio para ver quem leva a taça da última mais picante e escabrosa, taça que nunca será entregue a não ser às operadoras que esfregam as mãos de contentamento.
Insólito país onde a matemática é besta negra, onde o insucesso escolar é de fazer corar a calçada portuguesa mas qualquer um faz downloads como quem bebe água, lida com MP3 como quem respira, pirateia a Net como a destreza e à vontade dos mestres, numa ilusão de que são os maiores quando não passam de meros imitadores que na maior parte dos casos nem sabe o que está a fazer.
Insólito país de "artistas" sempre cavalgando a última vaga tecnológica sem base alguma de apoio mental.
O pior de tudo é que o exemplo vem de cima.
podemos estar aruinados, definhados e completamente dependentes do exterior, ao ponto de um cronista da nossa praça dizer, não sem alguma piada e verdade, que não vale a pena a gente chatear-se, o melhor mesmo é curtir o solinho, e achuva que caia em Espanha já que a nós não serve de nada e só chateia, já que dependemos de "nuestros hermanos" para tudo, a fazer lembrar aquelas vizinhas que um dia nos batem à porta a pedir uma chávena de açúcar, noutro dia um fio de azeite e por aí fora até conseguir uma sopa da pedra.
Não perdemos no entanto o brioInsólito país este onde nem a chuva quer cair.Insólito país este onde o endividamento é algo de arrepiante e no entanto existe mais do que um telemóvel por habitante.Insólito país este onde as pessoas passam a vida a mandar mensagens uma às outras como crianças, numa espécie de desafio para ver quem leva a taça da última mais picante e escabrosa, taça que nunca será entregue a não ser às operadoras que esfregam as mãos de contentamento.Insólito país onde a matemática é besta negra, onde o insucesso escolar é de de estarmos com as tecnologias de ponta, às vezes um bocado já murchas e gastas mas com pinta.
Primeiro deu-lhes, aos chefes de serviço, para os submarinos, para ir aos tordos, agora deu-lhes par a informatização geral do país.
Eu não tenho nada contra isso, tenho é contra a urgência com se tenta fazer tal.
Ebntão passa pela cabeça de alguém que depois da barraca recente
segunda-feira, novembro 24, 2003
Os fantasmas do Natal
Por mais que me esforce, este ano ainda não consegui sentir aquele irresistível e inebriante sentimento de Natal.
É verdade que já se vêem pelas ruas os inevitáveis vendedores de castanha assada.
É verdade que já nos inundam com campanhas publicitárias a apelar ao Natal e ao espírito consumista que nos ataca por esta altura.
É verdade que já pelo menos três publicações diárias estão a distribuir diariamente peças de presépio, eu, por exemplo ando a coleccionar dois, mas sem frenesim, sem aquele interesse de outros anos, sem sorrir por dentro.
É verdade que já começaram as campanhas de solidariedade para com os mais desfavorecidos.
É verdade que o calendário cavalga e o Dezembro está mesmo aí ao virar da semana.
É verdade que já há Pais Natal por tudo o que é grande superfície comercial. É verdade, também, que o menino Jesus continua esquecido.
É verdade que se pressente que muito em breve, no meio da evocação de delicados róseos dedinhos ou magníficas níveas barbas estaremos uma vez mais a comemorar a quadra da paz.
Mas se calhar é mesmo aí que se encontra a chave deste súbito empedernir de alma, isto para além de nem o próprio frio, aquele frio rijo que tão bem assinala a época, ter ainda feito o seu aparecimento.
Ou se calhar é na paz, ou melhor na falta dela, que radica parte desta ausência, desta espécie de falta de comparência da minha parte, eu que como sabem de outros escritos natalícios sempre vivi estes tempos com genuína alegria.
Ou se calhar, ainda, é na instabilidade, neste viver no fio da navalha, neste assistir quotidiano a mortes permanentes, sem nunca sabermos o que virá, e onde virá, a seguir, terrível espada de Dâmocles pairando sobre cabeças que mesmo que não queiram, mesmo que tentem sacudir num abanar dessa mesma cabeça, não conseguem deixar de cogitar sobre tão tenebrosos assuntos assuntos !
Poderá também ser fruto da constante falha dos políticos e das suas políticas, sempre a cortar-nos aspirações legítimas e a semear raiva no húmus da desilusão constante.
É com toda a certeza na cada vez maior falta de solidariedade que todos os dias nos invade o espírito, desde o Médio Oriente às políticas do burgo.
Mas nos outros anos também havia conflitos e guerras poderão alguns dizer. É verdade mas parece-me que sentia menos angústia nos olhares das pessoas, havia mais brilho nesses mesmos olhares, e se a gripe se pega o olhar tristonho e a falta de alegria dos que nos rodeiam não se pega menos.
Poderão dizer, de igual modo que parcas políticas sempre houve, e chorudos impostos, pagos pelos que não podem fugir, também. Mas este ano parece-me pior o ânimo das pessoas com quem me cruzo, talvez por terem percebido finalmente que a Senhora Dona Ministra, penso que deve ser a única que dispensa o acrescentar da pasta exercida, não está a jogar correcto, segundo as regras, com eles, pois se aqui a atrasado garantia que não estava obcecada pelo défice, o que seria grave num governante, afinal, reconheceu, com toda a candura que afinal estava a cometer esse tal pecadilho de que a acusavam há já algum tempo.
Desculpem lá esta onda tão pouco usual neste espaço, mas é que estou mesmo um bocado abatido com os olhares que vejo à minha volta, com a tristeza interior que pressinto à minha volta, com a pouca vontade de espírito natalício que se vai evidenciando à minha volta.
E das duas uma ou eu, qual Scrooge, já vejo fantasmas onde eles não existem, desde o risonho e etéreo do Natal passado, passando pelo inconstante, volúvel e cinzento do Natal presente até ao soturno e atro do Natal futuro, ou estaremos então a sofrer os efeitos de um qualquer síndroma, que, talvez fruto de todos este negativismos, tem como sintoma mais evidente a sensação de que o anunciado e tão badalado luto estudantil, não se vai ficar pelas universidades mas sim alastrar qual epidemia a todo o Portugal.
É verdade que já se vêem pelas ruas os inevitáveis vendedores de castanha assada.
É verdade que já nos inundam com campanhas publicitárias a apelar ao Natal e ao espírito consumista que nos ataca por esta altura.
É verdade que já pelo menos três publicações diárias estão a distribuir diariamente peças de presépio, eu, por exemplo ando a coleccionar dois, mas sem frenesim, sem aquele interesse de outros anos, sem sorrir por dentro.
É verdade que já começaram as campanhas de solidariedade para com os mais desfavorecidos.
É verdade que o calendário cavalga e o Dezembro está mesmo aí ao virar da semana.
É verdade que já há Pais Natal por tudo o que é grande superfície comercial. É verdade, também, que o menino Jesus continua esquecido.
É verdade que se pressente que muito em breve, no meio da evocação de delicados róseos dedinhos ou magníficas níveas barbas estaremos uma vez mais a comemorar a quadra da paz.
Mas se calhar é mesmo aí que se encontra a chave deste súbito empedernir de alma, isto para além de nem o próprio frio, aquele frio rijo que tão bem assinala a época, ter ainda feito o seu aparecimento.
Ou se calhar é na paz, ou melhor na falta dela, que radica parte desta ausência, desta espécie de falta de comparência da minha parte, eu que como sabem de outros escritos natalícios sempre vivi estes tempos com genuína alegria.
Ou se calhar, ainda, é na instabilidade, neste viver no fio da navalha, neste assistir quotidiano a mortes permanentes, sem nunca sabermos o que virá, e onde virá, a seguir, terrível espada de Dâmocles pairando sobre cabeças que mesmo que não queiram, mesmo que tentem sacudir num abanar dessa mesma cabeça, não conseguem deixar de cogitar sobre tão tenebrosos assuntos assuntos !
Poderá também ser fruto da constante falha dos políticos e das suas políticas, sempre a cortar-nos aspirações legítimas e a semear raiva no húmus da desilusão constante.
É com toda a certeza na cada vez maior falta de solidariedade que todos os dias nos invade o espírito, desde o Médio Oriente às políticas do burgo.
Mas nos outros anos também havia conflitos e guerras poderão alguns dizer. É verdade mas parece-me que sentia menos angústia nos olhares das pessoas, havia mais brilho nesses mesmos olhares, e se a gripe se pega o olhar tristonho e a falta de alegria dos que nos rodeiam não se pega menos.
Poderão dizer, de igual modo que parcas políticas sempre houve, e chorudos impostos, pagos pelos que não podem fugir, também. Mas este ano parece-me pior o ânimo das pessoas com quem me cruzo, talvez por terem percebido finalmente que a Senhora Dona Ministra, penso que deve ser a única que dispensa o acrescentar da pasta exercida, não está a jogar correcto, segundo as regras, com eles, pois se aqui a atrasado garantia que não estava obcecada pelo défice, o que seria grave num governante, afinal, reconheceu, com toda a candura que afinal estava a cometer esse tal pecadilho de que a acusavam há já algum tempo.
Desculpem lá esta onda tão pouco usual neste espaço, mas é que estou mesmo um bocado abatido com os olhares que vejo à minha volta, com a tristeza interior que pressinto à minha volta, com a pouca vontade de espírito natalício que se vai evidenciando à minha volta.
E das duas uma ou eu, qual Scrooge, já vejo fantasmas onde eles não existem, desde o risonho e etéreo do Natal passado, passando pelo inconstante, volúvel e cinzento do Natal presente até ao soturno e atro do Natal futuro, ou estaremos então a sofrer os efeitos de um qualquer síndroma, que, talvez fruto de todos este negativismos, tem como sintoma mais evidente a sensação de que o anunciado e tão badalado luto estudantil, não se vai ficar pelas universidades mas sim alastrar qual epidemia a todo o Portugal.
segunda-feira, outubro 27, 2003
O RECURSO
Não sendo um entusiasta, ou sequer defensor do Código de Hamurabi, da Pena de Talião-o tão famoso olho por olho dente por dente-ou mesmo da pena de morte ou outros infames atentados à vida e à dignidade humana, não posso no entanto não estar em total desacordo com os argumentos usados pela Comissão de Utentes do IC19, que no Tribunal de Opinião, reunido para julgar o Governo num processo sobre a falta de cumprimento das promessas sobre a resolução dos problemas com a malfadada via relacionados.
Rezava o acórdão final: “É pois o Governo não condenado à pena de percorrer o IC 19, diariamente nos dois sentidos, às horas de ponta e sem batedores, pedida pela acusação, porque a constituição não permite penas infamantes ou maus tratos, sendo por isso condenado ao cumprimento das promessas, sob pena de ter de se demitir”.
Ora bolas, assim não, então vamos dar palmadinhas nas costas a quem só nos dá filas, esperas e fumos de escape?!
Alegar que a constituição não permite penas infamantes é esquecer que é exactamente uma pena desta categoria que é imposta todos os dias ao infeliz morador daquelas paragens.
Não concordo de maneira nenhuma com tal sentença, apesar da minha veia pacifista, não posso aceitar tal brandura, não posso aceitar que o desgraçado do utente diário da via caracol, talvez a mais entupida da Europa em parte por causa do desregramento das licenças de construção e a falta de soluções dos sucessivos governos, perca todos os dias entre três e quatro horas naquele calvário motoriz(par)ado, sem que o governo se digne mexer uma palha que seja, e o douto tribunal peça uma mera pena de demissão?!
Não meus amigos, não posso aceitar, estou até chocado com tal decisão, e prometo desde já que não vou ficar quieto, vou seguir a moda mais recente de que ouvimos falar todos os dias, e vou interpor recurso à instância superior, que não faço ideia de quem seja, mas que prometo descobrir em breve, exigindo que se não houver respostas rápidas e eficazes, além de demitidos sejam os ilustres membros do governo sujeitos ao cumprimento do resto do pedido da acusação, o tal castigo da descida diária ao inferno rodoviário por definição.
Era o que faltava, depois de toda esta tortura infligida aos pobres utentes, escaparem só com um simples pedido de demissão!
Era o que faltava!!
Rezava o acórdão final: “É pois o Governo não condenado à pena de percorrer o IC 19, diariamente nos dois sentidos, às horas de ponta e sem batedores, pedida pela acusação, porque a constituição não permite penas infamantes ou maus tratos, sendo por isso condenado ao cumprimento das promessas, sob pena de ter de se demitir”.
Ora bolas, assim não, então vamos dar palmadinhas nas costas a quem só nos dá filas, esperas e fumos de escape?!
Alegar que a constituição não permite penas infamantes é esquecer que é exactamente uma pena desta categoria que é imposta todos os dias ao infeliz morador daquelas paragens.
Não concordo de maneira nenhuma com tal sentença, apesar da minha veia pacifista, não posso aceitar tal brandura, não posso aceitar que o desgraçado do utente diário da via caracol, talvez a mais entupida da Europa em parte por causa do desregramento das licenças de construção e a falta de soluções dos sucessivos governos, perca todos os dias entre três e quatro horas naquele calvário motoriz(par)ado, sem que o governo se digne mexer uma palha que seja, e o douto tribunal peça uma mera pena de demissão?!
Não meus amigos, não posso aceitar, estou até chocado com tal decisão, e prometo desde já que não vou ficar quieto, vou seguir a moda mais recente de que ouvimos falar todos os dias, e vou interpor recurso à instância superior, que não faço ideia de quem seja, mas que prometo descobrir em breve, exigindo que se não houver respostas rápidas e eficazes, além de demitidos sejam os ilustres membros do governo sujeitos ao cumprimento do resto do pedido da acusação, o tal castigo da descida diária ao inferno rodoviário por definição.
Era o que faltava, depois de toda esta tortura infligida aos pobres utentes, escaparem só com um simples pedido de demissão!
Era o que faltava!!
A FITA
A fita
Como sabem gosto de cinema, por isso estou se calhar mais atento, e aqui vos estou aconselhando a que abram bem os olhos e os ouvidos, pois descobri que graças a rebuscado sistema do qual ainda não descortinei o funcionamento, apurar os sentidos é quanto basta, nem vídeos caseiros nem salas de projecção, para assistirem, sem esforço, a um filme que nos vai acompanhando, sub-reptício, dia após dia.
É verdade que é uma fita de série B, a lembrar o filme negro americano do século passado, com um grão enorme como deve ser no caso, com a película a partir-se volta que não volta, como nas gloriosas matinées da minha adolescência, mas com uma trama, um argumento de tal modo fascinante que me quer parecer que aquela comédia burlesca que ameaçava ser o filme do ano, “O ciborgue predador das laranjas californianas”, com aquela actuação inesquecível do homem que passa o filme a grunhir, vai perder por larga margem para este bem conseguido thriller que eu arriscaria colocar na louca corrida às horrendas estatuetas que todos os anos se distribuem do outro lado do Atlântico, e onde há vilões com o terrível vício de escutar tudo o que podem desde portas de residências até às casas de banho do lado, juízes que avançam com determinação para logo recuarem sem ninguém perceber o que mudou, jornalistas completamente histéricos a fazer reportagens em sítios completamente desertos e a reportarem exactamente isso, que ali não se passa nada há pelo menos quatro ou cinco horas, num exercício de suspense de fazer corar de inveja o grande Hitchcock, com os espectadores presos à espera de ver surgir a qualquer momento uma cabala cavalgando um acórdão e trazendo à ilharga os despojos de um preso preventivo, ou quiçá ver um dos actores secundários depois de valentemente zurzido num assomo de coragem e correndo sérios riscos de acabar com um balázio na testa na forma das próprias palavras transformadas em boomerang assassino, a desafiar sem temores as obscuras forças das trevas com expressões do mais vernáculo vocabulário, indo assim ao mais profundo da nossa alma comum.
Há de tudo neste épico filme, desde actrizes que pensávamos afastadas como Catherine Deneuve, até ministros possuídos por forças demoníacas que vão ao estrangeiro procurar socorro para os seus diabólicos impulsos, passando por xeriffes que de cada vez que falam mais parece que dispararam um daqueles canhões do Tirmanator 3, num curioso tributo ao actor principal da outra fita de que vos falámos.
Por detrás de toda esta intriga, e como não podia deixar de ser para apimentar o enredo, está o sexo na sua forma mais repugnante, com descrições terríveis de crimes de abuso, crianças marcadas para toda a vida, e uma leve, quase apenas sugerida, atmosfera de Máfia que nos deixa a sensação de que quem se vai lixar no meio disto tudo é mesmo o mexilhão, num contributo decisivo para a qualidade e excelente concepção do script.
É pena não podermos dar-vos aqui um trailer desta magnífica obra, que talvez só peque pela sua extraordinária duração, o que se calhar também contribuirá para que se venha a tornar um filme de culto, que leva a um esforço sobre humano de quem se dispõe a acompanhá-lo até ao fim, mas vale a pena, pois nem Hollywood no seu melhor pariu alguma vez algo que se lhe assemelhasse.
Às vezes tem alguns planos mais parados, tipo Manuel de Oliveira, como aquele plano do rapaz do filme a ser filmado à porta de uma casa de penhores, plano que levou logo imensas donas de casa a murmurarem com voz repassada de emoção: “coitado do homem já não lhe chegava o molho de brócolos em que se meteu e ainda tem que se empenhar…”, repetidamente passado durante o filme, mas logo de seguida ganha acção com uma cena também repetida inúmeras vezes, talvez por o realizador, que, curiosamente, desconhecemos, ter sido algum falhado corredor de fundo cá do rectângulo, que é a de uma turba imensa, que às vezes dá a sensação de furiosa ir fazer justiça pelas próprias mãos à pessoa errada, sim porque o rapaz do filme é o justiceiro lá do sítio, sempre embrenhado nuns escritos muita confusos que ninguém entende e contra o qual todos reclamam, correndo desalmadamente atrás do justiceiro em fuga para ver se consegue comer um bolito e beber uma meia de leite de modo a voltar mais aconchegado para a sua especialidade que são os interrogatórios aos maus pela noite dentro, até altas horas, o que levou até alguns dos tais corredores de fundo, que ninguém me tira da cabeça estarem a fazer o papel de jornalistas, mas de uma forma caricaturada, outro grande achado do filme em minha opinião, a afirmarem que passa mas é as noites a jogar à batota com os outros actores.
Há ainda zangas entre irmãos, facadas nas costas, enfim um sem número de cenas cada uma mais notável do que a outra, algumas a roçar o surrealismo, outra grande opção do argumentista, que merecem a vossa atenção.
Não percam por isso esta fita, curioso, também não lhe conheço o nome, num país perto de si!
Como sabem gosto de cinema, por isso estou se calhar mais atento, e aqui vos estou aconselhando a que abram bem os olhos e os ouvidos, pois descobri que graças a rebuscado sistema do qual ainda não descortinei o funcionamento, apurar os sentidos é quanto basta, nem vídeos caseiros nem salas de projecção, para assistirem, sem esforço, a um filme que nos vai acompanhando, sub-reptício, dia após dia.
É verdade que é uma fita de série B, a lembrar o filme negro americano do século passado, com um grão enorme como deve ser no caso, com a película a partir-se volta que não volta, como nas gloriosas matinées da minha adolescência, mas com uma trama, um argumento de tal modo fascinante que me quer parecer que aquela comédia burlesca que ameaçava ser o filme do ano, “O ciborgue predador das laranjas californianas”, com aquela actuação inesquecível do homem que passa o filme a grunhir, vai perder por larga margem para este bem conseguido thriller que eu arriscaria colocar na louca corrida às horrendas estatuetas que todos os anos se distribuem do outro lado do Atlântico, e onde há vilões com o terrível vício de escutar tudo o que podem desde portas de residências até às casas de banho do lado, juízes que avançam com determinação para logo recuarem sem ninguém perceber o que mudou, jornalistas completamente histéricos a fazer reportagens em sítios completamente desertos e a reportarem exactamente isso, que ali não se passa nada há pelo menos quatro ou cinco horas, num exercício de suspense de fazer corar de inveja o grande Hitchcock, com os espectadores presos à espera de ver surgir a qualquer momento uma cabala cavalgando um acórdão e trazendo à ilharga os despojos de um preso preventivo, ou quiçá ver um dos actores secundários depois de valentemente zurzido num assomo de coragem e correndo sérios riscos de acabar com um balázio na testa na forma das próprias palavras transformadas em boomerang assassino, a desafiar sem temores as obscuras forças das trevas com expressões do mais vernáculo vocabulário, indo assim ao mais profundo da nossa alma comum.
Há de tudo neste épico filme, desde actrizes que pensávamos afastadas como Catherine Deneuve, até ministros possuídos por forças demoníacas que vão ao estrangeiro procurar socorro para os seus diabólicos impulsos, passando por xeriffes que de cada vez que falam mais parece que dispararam um daqueles canhões do Tirmanator 3, num curioso tributo ao actor principal da outra fita de que vos falámos.
Por detrás de toda esta intriga, e como não podia deixar de ser para apimentar o enredo, está o sexo na sua forma mais repugnante, com descrições terríveis de crimes de abuso, crianças marcadas para toda a vida, e uma leve, quase apenas sugerida, atmosfera de Máfia que nos deixa a sensação de que quem se vai lixar no meio disto tudo é mesmo o mexilhão, num contributo decisivo para a qualidade e excelente concepção do script.
É pena não podermos dar-vos aqui um trailer desta magnífica obra, que talvez só peque pela sua extraordinária duração, o que se calhar também contribuirá para que se venha a tornar um filme de culto, que leva a um esforço sobre humano de quem se dispõe a acompanhá-lo até ao fim, mas vale a pena, pois nem Hollywood no seu melhor pariu alguma vez algo que se lhe assemelhasse.
Às vezes tem alguns planos mais parados, tipo Manuel de Oliveira, como aquele plano do rapaz do filme a ser filmado à porta de uma casa de penhores, plano que levou logo imensas donas de casa a murmurarem com voz repassada de emoção: “coitado do homem já não lhe chegava o molho de brócolos em que se meteu e ainda tem que se empenhar…”, repetidamente passado durante o filme, mas logo de seguida ganha acção com uma cena também repetida inúmeras vezes, talvez por o realizador, que, curiosamente, desconhecemos, ter sido algum falhado corredor de fundo cá do rectângulo, que é a de uma turba imensa, que às vezes dá a sensação de furiosa ir fazer justiça pelas próprias mãos à pessoa errada, sim porque o rapaz do filme é o justiceiro lá do sítio, sempre embrenhado nuns escritos muita confusos que ninguém entende e contra o qual todos reclamam, correndo desalmadamente atrás do justiceiro em fuga para ver se consegue comer um bolito e beber uma meia de leite de modo a voltar mais aconchegado para a sua especialidade que são os interrogatórios aos maus pela noite dentro, até altas horas, o que levou até alguns dos tais corredores de fundo, que ninguém me tira da cabeça estarem a fazer o papel de jornalistas, mas de uma forma caricaturada, outro grande achado do filme em minha opinião, a afirmarem que passa mas é as noites a jogar à batota com os outros actores.
Há ainda zangas entre irmãos, facadas nas costas, enfim um sem número de cenas cada uma mais notável do que a outra, algumas a roçar o surrealismo, outra grande opção do argumentista, que merecem a vossa atenção.
Não percam por isso esta fita, curioso, também não lhe conheço o nome, num país perto de si!
segunda-feira, setembro 29, 2003
Sport Lisboa e Sintra
Um dos semanários desta semana relatava que Fernando Seara, poderia vir a repartir o seu tempo pela Câmara de Sintra e pela Direcção do Sport Lisboa e Benfica.
Eu se fosse a si não fazia isso, Doutor!
E vai andar nessa correria utilizando o IC 19!?
Não só me parece tarefa titânica como até pode correr perigo de vida, pois nunca se sabe se no meio de tanta correria não lhe cai uma passagem pedonal na cabeça.
A não ser que arranje um helicóptero, aparelho que tem, diga-se, andado com muito pouca receptividade ultimamente, dadas as passeatas que aqueles senhores lá do centro do país andaram a fazer, não estou a ver como é que vai conseguir levar a água a dois moinhos tão exigentes e carenciados do precioso líquido como estes.
E depois pense bem Doutor na confusão em que se vai meter, onde tudo é complicado até uma simples atribuição de braçadeira de capitão, golos na própria baliza, assistências fantásticas dos defesas aos atacantes contrários. enfim um ror de situações capazes de nos por à beira de um ataque de nervos.
Mais, quando lhe acontecer um resultado como o acontecido ao Dr. Vilarinho na Bélgica, que se sentiu traído, e muito bem, do meu ponto de vista, face aos emigrantes que diga-se em abono da verdade eram os que menos mereciam tais burrices em campo, pode enganar-se e em vez de chamar alimárias ou quejandos aos jogadores do Benfica, vir a fazê-lo aos vereadores da sua Câmara.
Que isto de ter duas funções desta natureza tem que se lhe diga, e dizem os entendidos que a gente pode a certa altura baralhar-se todo, ao ponto de já nem saber onde está.
Quando menos se espera, seja por cansaço ou simples " stress " uma pessoa corre o risco de baralhar tudo, e ao pensar que está a mandar um sócio, mais reivindicativo e munido da correspondente agressividade, àquela parte, fá-lo em plena reunião camarária!
Já viu a bronca!?
Ou, por que não, ouvir de repente um estrondoso clamor sublinhado por correspondente salva de palmas, que de repente o deixam assarapantado, por, sem ter dado por isso, ter falado em património mundial, em referência ao Benfica, numa Assembleia do dito, pensando que estava na de Sintra!
Ou, numa qualquer entrevista, sublinhar com vigor os espantosos cambiantes e matizes dos vermelhos de Sintra, deixando ó jornalista à beira do desfalecimento.
Vá lá, pelo menos uma coisa o pode deixar tranquilo, de passivo é que pode falar em qualquer lado sem temer enganos, valha-nos isso!!
Espero ter, humildemente ajudado o meu caro Presidente a não se meter em tamanha alhada, pois para cruz já lhe basta a falta de soluções e meios com que se debate qualquer autarca neste país dos 2,944%, ( não há dúvida que esta senhora lá das finanças é mesmo inteligente, reparem como fica nas previsões no limite máximo, com arredondamento às milésimas, fantástico, que artista!), e se é verdade que uma desgraça nunca vem só, também não é menos verdade que não é preciso andar à procura delas!
Eu se fosse a si não fazia isso, Doutor!
E vai andar nessa correria utilizando o IC 19!?
Não só me parece tarefa titânica como até pode correr perigo de vida, pois nunca se sabe se no meio de tanta correria não lhe cai uma passagem pedonal na cabeça.
A não ser que arranje um helicóptero, aparelho que tem, diga-se, andado com muito pouca receptividade ultimamente, dadas as passeatas que aqueles senhores lá do centro do país andaram a fazer, não estou a ver como é que vai conseguir levar a água a dois moinhos tão exigentes e carenciados do precioso líquido como estes.
E depois pense bem Doutor na confusão em que se vai meter, onde tudo é complicado até uma simples atribuição de braçadeira de capitão, golos na própria baliza, assistências fantásticas dos defesas aos atacantes contrários. enfim um ror de situações capazes de nos por à beira de um ataque de nervos.
Mais, quando lhe acontecer um resultado como o acontecido ao Dr. Vilarinho na Bélgica, que se sentiu traído, e muito bem, do meu ponto de vista, face aos emigrantes que diga-se em abono da verdade eram os que menos mereciam tais burrices em campo, pode enganar-se e em vez de chamar alimárias ou quejandos aos jogadores do Benfica, vir a fazê-lo aos vereadores da sua Câmara.
Que isto de ter duas funções desta natureza tem que se lhe diga, e dizem os entendidos que a gente pode a certa altura baralhar-se todo, ao ponto de já nem saber onde está.
Quando menos se espera, seja por cansaço ou simples " stress " uma pessoa corre o risco de baralhar tudo, e ao pensar que está a mandar um sócio, mais reivindicativo e munido da correspondente agressividade, àquela parte, fá-lo em plena reunião camarária!
Já viu a bronca!?
Ou, por que não, ouvir de repente um estrondoso clamor sublinhado por correspondente salva de palmas, que de repente o deixam assarapantado, por, sem ter dado por isso, ter falado em património mundial, em referência ao Benfica, numa Assembleia do dito, pensando que estava na de Sintra!
Ou, numa qualquer entrevista, sublinhar com vigor os espantosos cambiantes e matizes dos vermelhos de Sintra, deixando ó jornalista à beira do desfalecimento.
Vá lá, pelo menos uma coisa o pode deixar tranquilo, de passivo é que pode falar em qualquer lado sem temer enganos, valha-nos isso!!
Espero ter, humildemente ajudado o meu caro Presidente a não se meter em tamanha alhada, pois para cruz já lhe basta a falta de soluções e meios com que se debate qualquer autarca neste país dos 2,944%, ( não há dúvida que esta senhora lá das finanças é mesmo inteligente, reparem como fica nas previsões no limite máximo, com arredondamento às milésimas, fantástico, que artista!), e se é verdade que uma desgraça nunca vem só, também não é menos verdade que não é preciso andar à procura delas!
sábado, setembro 27, 2003
No verdadeiro Oeste
Eu curto o Sérgio Leone e os seus filmes de western spaghetti, sobretudo em dois títulos, um que, aliás, vi há pouco tempo, " Por mais alguns dólares " e outro que me fazem ver todos os dias, " Aconteceu no Oeste ".
Mas é para mim ponto assente que o homem se inspirou neste cantinho ocidental, graças a uma premonição carregadinha de esoterismo e, por tal, inexplicável à luz das leis da ciência exacta, para realizar tais filmes.
Pois não é aqui a Oeste da Europa que acontece o por mais alguns euros, com cujo argumento o pessoal tem a cabeça a prémio, tal como os dizimados do visionário filme?!
E mais alguns euros para alimentar uma coisa, um bicho papão, uma autêntica sanguessuga, que se chama controlo do défice.
Faz todo o sentido controlar tal besta, já que de facto temos que admitir o défice como coisa nociva, quiçá peçonhenta.
Tal desiderato, porém, não pode andar desligado das exigências de um outro bicharoco, de soez voracidade que dá pelo nome de conjuntura, senão aí anda o pessoal desesperado, sem emprego, sem ousar aspirar sequer a pequenas cavalarias, a cheirar o bife e a comer o frango, taciturno, dizendo o pior da vida, soltando imprecações que se ouvem certamente em Bruxelas, e sobretudo sujeito a que a dado momento lhe caia, não o céu como aos Gauleses, mas uma qualquer passagem pedonal, na cabeça, sim que o dinheiro não chega para tudo, e milagres só o Cristo que já deu para este peditório!
E há ainda o que só pode entender-se como o jogo do gozar os palermas até rebentar de riso que é o novo arredondamento da previsão do défice que a terrível senhora Ministra colocou em 2,944!!
Reparem por favor na subtileza, na verdadeira obra de arte, no monumento à parolice. Nem mais uns milésimos, pois arredondando chegaríamos aos terríveis 3%, sim senhor, excelente trabalho para os parolos, não há palavras, é uma artista portuguesa!
Somos todos parvos meus amigos, pelo menos é o que eles pensam!!
E voltou a acontecer no Oeste uma situação que, do meu modesto ponto de vista, é de bradar ao que os meus amigos quiserem, e o confirmar nu e cru de que os burrocratas da União Europeia nos consideram uns atrasados mentais uns coitaditos de uns meninos travessos que só fazem asneiras e por isso passíveis de ser educados.
Nós que nem sabíamos que o tabaco fazia mal, que a maior parte dos produtos ditos light não passavam de puro embuste, por pura distracção e falta de conhecimento, vamos por isso levar no toutiço com uma campanha modelo U.E.
De facto numa Europa cada vez mais capitalista faz um sentido imenso que se proíba o compal light ou o iogurte zero calorias- passe a publicidade que eu não quero chatices – se graças a eles e quejandos, e por mais alguns euros as moçoilas mais avantajadas acreditam que vão ficar tipo vedeta de cinema e aspirar a vir um dia a ser Miss Chiado. Que mal para o mundo traz tal situação?! E a parte psicológica dos coitaditos, não conta?!
Já o caso do tabaco é ainda mais problemático, o desgraçado do pecador se não morrer do vício morre de certeza da cura.
Não façais essas expressões tipo de quem não andou de borla nos helicópteros de combate aos fogos a dar umas passeatas aéreas, que eu explico.
Um drogado dum fumador depois de ver aqueles novos maços de tabaco com avisos do género:
“Você vai morrer e deixar a pestilência no ar durante pelo menos o tempo de vida do plutónio!”
“Ó seu camelo, então você não vê que quando fuma um cigarro às escondidas num sítio cada vez mais recôndito, já que empurrado pela nova moda politicamente correcta, mata logo de uma assentada mais pessoas do que as baixas norte-americanas no Iraque?!”
“Fumar mata-o a si e ao cão que coitadito se deixou passear por si, seu energúmeno!”
E por aí fora num rol assaz acabrunhante. Podereis dizer-me que é mesmo essa a intenção, mas reparem que quando o desgraçado do delinquente, sim pois penso que é disso que se trata aos olhos destes guardiões do templo, tem finalmente acesso à mais desdramatizada mensagem e talvez a única fazendo algum sentido, “O seu médico ou o seu farmacêutico podem ajudá-lo a deixar de fumar”, já o desgraçado morreu de susto ou de depressão agonizou!!
Será justo morrer desta maneira macaca?! Livra! Antes a chupar uma beata!
Mas onde a coisa se torna mesmo ridícula é na supressão do Suave na marca Português Suave. Um aviso dentro dos maços anuncia que para o mês que vem teremos apenas o Português estampado nos invólucros!!
De facto a cabecinha que pariu que pelo simples facto da marca de tabaco em questão ter a palavra suave os morcões dos portugueses iam fumar até cair para o lado, pensando beatificamente que se é suave não pode fazer mal, devia mas era, no mínimo ir três vezes por semana à Casa Amarela, ou o que a substitui, para tratamento psiquiátrico.
Por amor de Deus lá que me chamem drogado e besta poluidora tudo bem, mas por favor parem de me chamar estúpido!!
Mas é para mim ponto assente que o homem se inspirou neste cantinho ocidental, graças a uma premonição carregadinha de esoterismo e, por tal, inexplicável à luz das leis da ciência exacta, para realizar tais filmes.
Pois não é aqui a Oeste da Europa que acontece o por mais alguns euros, com cujo argumento o pessoal tem a cabeça a prémio, tal como os dizimados do visionário filme?!
E mais alguns euros para alimentar uma coisa, um bicho papão, uma autêntica sanguessuga, que se chama controlo do défice.
Faz todo o sentido controlar tal besta, já que de facto temos que admitir o défice como coisa nociva, quiçá peçonhenta.
Tal desiderato, porém, não pode andar desligado das exigências de um outro bicharoco, de soez voracidade que dá pelo nome de conjuntura, senão aí anda o pessoal desesperado, sem emprego, sem ousar aspirar sequer a pequenas cavalarias, a cheirar o bife e a comer o frango, taciturno, dizendo o pior da vida, soltando imprecações que se ouvem certamente em Bruxelas, e sobretudo sujeito a que a dado momento lhe caia, não o céu como aos Gauleses, mas uma qualquer passagem pedonal, na cabeça, sim que o dinheiro não chega para tudo, e milagres só o Cristo que já deu para este peditório!
E há ainda o que só pode entender-se como o jogo do gozar os palermas até rebentar de riso que é o novo arredondamento da previsão do défice que a terrível senhora Ministra colocou em 2,944!!
Reparem por favor na subtileza, na verdadeira obra de arte, no monumento à parolice. Nem mais uns milésimos, pois arredondando chegaríamos aos terríveis 3%, sim senhor, excelente trabalho para os parolos, não há palavras, é uma artista portuguesa!
Somos todos parvos meus amigos, pelo menos é o que eles pensam!!
E voltou a acontecer no Oeste uma situação que, do meu modesto ponto de vista, é de bradar ao que os meus amigos quiserem, e o confirmar nu e cru de que os burrocratas da União Europeia nos consideram uns atrasados mentais uns coitaditos de uns meninos travessos que só fazem asneiras e por isso passíveis de ser educados.
Nós que nem sabíamos que o tabaco fazia mal, que a maior parte dos produtos ditos light não passavam de puro embuste, por pura distracção e falta de conhecimento, vamos por isso levar no toutiço com uma campanha modelo U.E.
De facto numa Europa cada vez mais capitalista faz um sentido imenso que se proíba o compal light ou o iogurte zero calorias- passe a publicidade que eu não quero chatices – se graças a eles e quejandos, e por mais alguns euros as moçoilas mais avantajadas acreditam que vão ficar tipo vedeta de cinema e aspirar a vir um dia a ser Miss Chiado. Que mal para o mundo traz tal situação?! E a parte psicológica dos coitaditos, não conta?!
Já o caso do tabaco é ainda mais problemático, o desgraçado do pecador se não morrer do vício morre de certeza da cura.
Não façais essas expressões tipo de quem não andou de borla nos helicópteros de combate aos fogos a dar umas passeatas aéreas, que eu explico.
Um drogado dum fumador depois de ver aqueles novos maços de tabaco com avisos do género:
“Você vai morrer e deixar a pestilência no ar durante pelo menos o tempo de vida do plutónio!”
“Ó seu camelo, então você não vê que quando fuma um cigarro às escondidas num sítio cada vez mais recôndito, já que empurrado pela nova moda politicamente correcta, mata logo de uma assentada mais pessoas do que as baixas norte-americanas no Iraque?!”
“Fumar mata-o a si e ao cão que coitadito se deixou passear por si, seu energúmeno!”
E por aí fora num rol assaz acabrunhante. Podereis dizer-me que é mesmo essa a intenção, mas reparem que quando o desgraçado do delinquente, sim pois penso que é disso que se trata aos olhos destes guardiões do templo, tem finalmente acesso à mais desdramatizada mensagem e talvez a única fazendo algum sentido, “O seu médico ou o seu farmacêutico podem ajudá-lo a deixar de fumar”, já o desgraçado morreu de susto ou de depressão agonizou!!
Será justo morrer desta maneira macaca?! Livra! Antes a chupar uma beata!
Mas onde a coisa se torna mesmo ridícula é na supressão do Suave na marca Português Suave. Um aviso dentro dos maços anuncia que para o mês que vem teremos apenas o Português estampado nos invólucros!!
De facto a cabecinha que pariu que pelo simples facto da marca de tabaco em questão ter a palavra suave os morcões dos portugueses iam fumar até cair para o lado, pensando beatificamente que se é suave não pode fazer mal, devia mas era, no mínimo ir três vezes por semana à Casa Amarela, ou o que a substitui, para tratamento psiquiátrico.
Por amor de Deus lá que me chamem drogado e besta poluidora tudo bem, mas por favor parem de me chamar estúpido!!
Sport Lisboa e Sintra
Um dos semanários desta semana relatava que Fernando Seara, poderia vir a repartir o seu tempo pela Câmara de Sintra e pela Direcção do Sport Lisboa e Benfica.
Eu se fosse a si não fazia isso, Doutor!
E vai andar nessa correria utilizando o IC 19!?
Não só me parece tarefa titânica como até pode correr perigo de vida, pois nunca se sabe se no meio de tanta correria não lhe cai uma passagem pedonal na cabeça.
A não ser que arranje um helicóptero, aparelho que tem, diga-se, andado com muito pouca receptividade ultimamente, dadas as passeatas que aqueles senhores lá do centro do país andaram a fazer, não estou a ver como é que vai conseguir levar a água a dois moinhos tão exigentes e carenciados do precioso líquido como estes.
E depois pense bem Doutor na confusão em que se vai meter, onde tudo é complicado até uma simples atribuição de braçadeira de capitão, golos na própria baliza, assistências fantásticas dos defesas aos atacantes contrários. enfim um ror de situações caoazes de nos por à beira de um ataque de nervos.
Mais, quando lhe acontecer um resultado como o acontecido ao Dr. Vilarinho na Bélgica, que se sentiu traído, e muito bem, do meu ponto de vista, face aos emigrantes que diga-se em abono da verdade eram os que menos mereciam tais burrices em campo, pode enganar-se e em vez de chamar alimárias ou quejandos aos jogadores do Benfica, vir a fazê-lo aos vereadores da sua Câmara.
Que isto de ter duas funções desta natureza tem que se lhe diga, e dizem os entendidos que a gente pode a certa altura baralhar-se todo, ao ponto de já nem saber onde está.
QQuando menos se espera, seja por cansaço ou simples " stress " uma pessoa corre o risco de baralhar tudo, e ao pensar que está a mandar um sócio, mais reivindicativo e munido da correspondente agressividade, àquela parte, fá-lo em plena reunião camarária, já viu a bronca!?
Ou, por que não, ouvir de repente um estrondoso clamor sublinhado por correspondente salva de palmas, que de repente o deixam assarapantado, por, sem ter dá-do por isso, ter falado em património mundial, em referência ao Benfica, numa Assembleia do dito, pensando que estava na de Sintra!
Ou, numa qualquer entrevista, sublinhar com vigor os espantosos cambiantes e matizes dos vermelhos de Sintra, deixando ó jornalista à beira do desfalecimento.
Vá lá, pelo menos uma coisa o pode deixar tranquilo, de passivo é que pode falar em qualquer lado sem temer enganos, valha-nos isso!!
Espero ter, humildemente ajudado o meu caro Presidente a não se meter em tamanha alhada, pois para cruz já lhe basta a falta de soluções e meios com que se debate qualquer autarca neste país dos 2,944%,( não há dúvida que esta senhora lá das finanças é mesmo inteligente, reparem como fica nas previsões no limite máximo, com arredondamento às milésimas, fantástico, que artista!), e se é verdade que uma desgraça nunca vem só, também não é menos verdade que não é preciso andar à procura delas!
Eu se fosse a si não fazia isso, Doutor!
E vai andar nessa correria utilizando o IC 19!?
Não só me parece tarefa titânica como até pode correr perigo de vida, pois nunca se sabe se no meio de tanta correria não lhe cai uma passagem pedonal na cabeça.
A não ser que arranje um helicóptero, aparelho que tem, diga-se, andado com muito pouca receptividade ultimamente, dadas as passeatas que aqueles senhores lá do centro do país andaram a fazer, não estou a ver como é que vai conseguir levar a água a dois moinhos tão exigentes e carenciados do precioso líquido como estes.
E depois pense bem Doutor na confusão em que se vai meter, onde tudo é complicado até uma simples atribuição de braçadeira de capitão, golos na própria baliza, assistências fantásticas dos defesas aos atacantes contrários. enfim um ror de situações caoazes de nos por à beira de um ataque de nervos.
Mais, quando lhe acontecer um resultado como o acontecido ao Dr. Vilarinho na Bélgica, que se sentiu traído, e muito bem, do meu ponto de vista, face aos emigrantes que diga-se em abono da verdade eram os que menos mereciam tais burrices em campo, pode enganar-se e em vez de chamar alimárias ou quejandos aos jogadores do Benfica, vir a fazê-lo aos vereadores da sua Câmara.
Que isto de ter duas funções desta natureza tem que se lhe diga, e dizem os entendidos que a gente pode a certa altura baralhar-se todo, ao ponto de já nem saber onde está.
QQuando menos se espera, seja por cansaço ou simples " stress " uma pessoa corre o risco de baralhar tudo, e ao pensar que está a mandar um sócio, mais reivindicativo e munido da correspondente agressividade, àquela parte, fá-lo em plena reunião camarária, já viu a bronca!?
Ou, por que não, ouvir de repente um estrondoso clamor sublinhado por correspondente salva de palmas, que de repente o deixam assarapantado, por, sem ter dá-do por isso, ter falado em património mundial, em referência ao Benfica, numa Assembleia do dito, pensando que estava na de Sintra!
Ou, numa qualquer entrevista, sublinhar com vigor os espantosos cambiantes e matizes dos vermelhos de Sintra, deixando ó jornalista à beira do desfalecimento.
Vá lá, pelo menos uma coisa o pode deixar tranquilo, de passivo é que pode falar em qualquer lado sem temer enganos, valha-nos isso!!
Espero ter, humildemente ajudado o meu caro Presidente a não se meter em tamanha alhada, pois para cruz já lhe basta a falta de soluções e meios com que se debate qualquer autarca neste país dos 2,944%,( não há dúvida que esta senhora lá das finanças é mesmo inteligente, reparem como fica nas previsões no limite máximo, com arredondamento às milésimas, fantástico, que artista!), e se é verdade que uma desgraça nunca vem só, também não é menos verdade que não é preciso andar à procura delas!